São Joaquim recebeu na última terça-feira (28), a apresentação da análise situacional sobre a realidade da segurança pública do município, realizada pelo Protótipo Alpha PMSC Ordem Pública 5.0. O evento foi realizado na Casa da Cultura, e contou com a participação de representantes do Executivo Municipal, Associação Empresarial de São Joaquim (Acisjo), Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina (Amap), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Polícia Civil de Santa Catarina, Polícia Militar do Estado de Santa Catarina e da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC).
O encontro serviu para mostrar dados da pesquisa realizada na primeira etapa do projeto. As informações são resultados das entrevistas com 15 representantes de diferentes segmentos do município de São Joaquim que revelaram sua percepção sobre a segurança na cidade. De acordo com o relatório, 53,3% dos entrevistados dizem se sentirem seguros. Além disso, 66,7% avaliam como não violento.
O projeto piloto Protótipo Alpha PMSC Ordem Pública 5.0 trabalha de forma multidisciplinar para a redução de índices de desordem e violência letal em cinco municípios na mesorregião serrana, entre elas, São Joaquim. O índice considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde – OMS (2014) é de 10 homicídios por 100.000 habitantes. Mas, o projeto trabalha para diminuir os índices da região que hoje se apresenta em 12 homicídios.
O comandante da PMSC de São Joaquim, tenente Appel, destaca que a Polícia Militar, com programas institucionais como Rede Catarina e Proerd, busca inibir preventivamente muitos crimes, mas sozinha não consegue resolver todos os problemas. A parceria com entidades civis e sociedade em geral é essencial para garantir a ordem pública, atrair turistas e melhorar a qualidade de vida da população. Estamos comprometidos em trabalhar juntos para construir uma Serra Catarinense ainda mais segura e acolhedora.”
Os entrevistados do projeto Protótipo Alpha PMSC Ordem Pública 5.0 sugeriram diversas medidas para melhorar a segurança em São Joaquim. Entre as recomendações estão a criação de soluções que incluam acolhimento e apoio psicológico, considerando o alto número de casos de depressão e problemas de saúde mental na região. Solução para moradores de rua, o combate à violência contra a mulher e a redução do uso de drogas também foram destacados como prioridades. Foi apontado ainda que o uso de substâncias ilícitas é a principal causa da violência no município. Além disso, foi sugerido o aumento do efetivo policial e o investimento em equipamentos para as forças de segurança.
A abordagem integrada do projeto, levando em conta as variadas necessidades e contextos da população, é importante para desenvolver estratégias de segurança mais eficazes e inclusivas. A próxima fase do projeto Alpha acontecerá em junho, com reuniões de comitês locais de execução. Em julho, serão formadas câmaras técnicas compostas por voluntários das comunidades, que irão contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à redução da desordem e da violência.
“As informações coletadas pelo Protótipo Alpha ressaltam a importância do envolvimento ativo da comunidade na eficácia da segurança pública. A análise dos indicadores de educação, saúde, desenvolvimento social e econômico demonstrou que esses fatores têm um impacto significativo na segurança e no bem-estar da população”, afirma a consultora da FACISC, Aline Nandi.
Lages será a próxima cidade a passar por uma análise detalhada de sua situação de segurança pública, com a apresentação agendada para o dia 10 de maio. Enquanto isso, as entrevistas continuam a ser realizadas no município para coletar dados pertinentes e aprofundar o entendimento das necessidades locais.
Por Comunicação Protótipo Alpha || Fotos Lizzi Borges
