Em São Joaquim, a segunda-feira, 5 de agosto, foi dedicada a reuniões e muito trabalho para os integrantes das Câmaras Técnicas do Protótipo Alpha PMSC Ordem Pública 5.0. Os temas discutidos passaram por um processo detalhado de definição, como entrevistas com representantes da comunidade e, posteriormente, uma oficina de ideias. Essas discussões levaram à identificação de assuntos urgentes, que foram levados ao Comitê Gestor local e, finalmente, apresentados nas câmaras técnicas.
A Câmara Técnica de Saúde, Educação e Social concentrou seus esforços em criar protocolos e fluxos de atendimento para pessoas em situação de vulnerabilidade. “Discutimos a criação de um fluxo de encaminhamento para mulheres vítimas de violência e a importância de termos uma casa de acolhimento, tanto para elas como crianças vítimas de violência no município,” destaca a agente de articulação de São Joaquim, Juliana de Oliveira.
Outro ponto abordado foi a questão do abandono escolar entre jovens que acabam por não concluir o ensino médio e, por esse motivo, não conseguem se inserir no mercado de trabalho. A câmara sugeriu uma atualização junto ao Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) sobre o número de jovens interessados em trabalhar como aprendizes. Com esses dados, ações para aumentar a inserção deste público no mercado de trabalho poderão ser criadas.
No decorrer da reunião também foi destacado a questão de que São Joaquim recebe muitos trabalhadores vindos de diversas partes do país para trabalhar na safra da maçã, sendo que muitas dessas pessoas chegam ao município sem portar nenhum tipo de documentação e sem conhecimento do trabalho que vão desempenhar. Para garantir que os mesmos estejam aptos para atuação ou, caso não estejam, possam retornar à cidade de origem com dignidade, a CT sugeriu a criação do que chamaram de Operação Safra, ou seja, estabelecer um protocolo para funcionários temporários. A ideia é estabelecer obrigações legais como contratação em carteira de trabalho, avaliação médica e todos os procedimentos necessários e legais para garantir segurança aos trabalhadores, de quem os contrata e dos joaquinenses que passarão a conviver com esses novos moradores.
Desta forma, espera-se unir forças para que nos próximos períodos de safra os resultados quanto ao acolhimento desses trabalhadores seja positivo, visto que terá uma seletividade natural quanto a vinda dos mesmos, levando em conta os critérios estabelecidos no projeto. “Com certeza será um grande avanço para São Joaquim, já que que essa é uma problemática que se repete por anos, e além dos empresários que contratam a mão de obra, toda a população será beneficiada trazendo mais segurança e tranquilidade para a comunidade”, reforça o Comandante da Cia de Polícia Militar de São Joaquim, tenente Erick Appel.
Já na Câmara Técnica de Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico, a segurança foi um dos principais focos e a implementação de um sistema integrado de câmeras de videomonitoramento que contemplem equipamentos públicos e privados foi apontado como uma possível solução para inibir ações de vandalismo, furtos, roubos e outros tipos de violência no município.
“Atualmente, a cidade possui sete câmeras em funcionamento pela Polícia Militar e mais duas adquiridas pela CDL. Desta forma, o grupo sugeriu integrar esses equipamentos para aumentar a área monitorada, proporcionando mais segurança para os moradores,” disse Juliana.
Com esta reunião, os responsáveis por questões específicas foram designados e, na próxima, que está previsto para 4 de setembro, devem apresentar os avanços das ações propostas.
O Protótipo Alpha PMSC Ordem Pública 5.0 é uma iniciativa da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), desenvolvido em parceria com a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC), utilizando a metodologia DEL.
Por Comunicação Protótipo Alpha